REGIONALISMO NA LITERATURA BTASILEIRA: LIMITES, IMPRECISÕES E PERSPECTIVAS CRÍTICAS
DOI:
https://doi.org/10.56372/desleituras.v14i14.219Palavras-chave:
Crítica literária, Regionalismo literário, Modernismo brasileiroResumo
O presente ensaio investiga criticamente a pertinência do uso do termo “regionalismo” na literatura brasileira, com foco especial no chamado “romance de 1930”, marco da segunda fase do modernismo. Tradicionalmente, parte dessa produção literária foi classificada como “regionalista”, sobretudo no contexto nordestino. Entretanto, a reflexão teórica conduzida neste estudo questiona essa categorização, uma vez que, conforme afirma Feitosa (2021), toda obra de arte é universal por essência, visto que representa a condição humana independentemente de sua localização. Do ponto de vista metodológico, trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e bibliográfica, baseada em levantamento de livros, artigos, dissertações e teses, que possibilitaram a construção de uma reflexão fundamentada. Os resultados apontam que o regionalismo esteve fortemente associado a movimentos políticos e culturais do Nordeste nos anos 1930, refletindo seu espírito de valorização identitária. Contudo, a aplicação desse conceito à literatura revela-se inadequada, pois obscurece sua universalidade. Conclui-se, portanto, que a noção de regionalismo deve ser revista, a fim de se evitar reducionismos e ampliar as possibilidades interpretativas da crítica literária.