O DISCURSO AMOROSO NA ESTRADA E NO SERTÃO: MILTON NASCIMENTO E GUIMARÃES ROSA
DOI:
https://doi.org/10.56372/desleituras.v14i14.212Palavras-chave:
Grande sertão: veredas, Travessia, Guimarães Rosa, Milton NascimentoResumo
Este trabalho propõe uma análise comparativa entre o romance Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, e a canção Travessia, de Milton Nascimento, focando na metáfora da travessia como um estado liminar de transição, vulnerabilidade e transformação. A travessia, tanto no sertão de Rosa quanto na estrada de Nascimento, é interpretada como uma jornada de autodescoberta e enfrentamento do desconhecido. Através de uma abordagem que integra conceitos como liminaridade e fading, inspirado nas teorias de Roland Barthes (1981), o trabalho explora a abordagem do amor, do sofrimento e o processo de desconstrução do herói, onde a travessia não é apenas superação, mas também uma experiência de perda, luto e elaboração. A canção Travessia, com sua melodia fluida e a letra que evoca a transitoriedade, oferece uma expressão mais íntima e universal do processo de transição, enquanto o romance de Rosa, com sua dimensão épica, articula essa mesma travessia no contexto do sertão, um espaço de profundo autoconhecimento e resistência. Numa ótica psicanalítica, a ligação entre os dois textos se revela na forma como ambos elaboram o desejo, a perda e a constituição do sujeito frente à ausência do Outro.
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