O NARRADOR HERDEIRO E A MODERNIDADE FRUSTRADA: UMA LEITURA DE "ANGÚSTIA"
DOI:
https://doi.org/10.56372/desleituras.v12i12.189Palavras-chave:
Literatura, Angústia, Graciliano Ramos, Crítica literária, Narrador herdeiroResumo
Este ensaio propõe uma leitura do romance Angústia (1936), de Graciliano Ramos, a partir da figura de um narrador protagonista cuja subjetividade em ruína reflete o colapso de uma ordem oligárquica em transição malsucedida para a modernidade. A análise articula teoria do romance (Lukács, Watt e Moretti) e crítica latino-americana (Candido e Rama) para discutir como a forma narrativa de Angústia — marcada por hesitação, repetição e fragmentação — opera como crítica imanente às contradições estruturais da sociedade brasileira. Esta interpretação propõe que, ao expor a precariedade simbólica e material da experiência do narrador, Angústia transforma o fracasso histórico em forma estética, dramatizando as promessas não cumpridas da modernização e evidenciando a função crítica da literatura em contextos de desigualdade.
Palavras-chave: Graciliano Ramos. Romance. Crítica Literária.
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