O NARRADOR HERDEIRO E A MODERNIDADE FRUSTRADA: UMA LEITURA DE "ANGÚSTIA"

Autores

  • Sofia Lopes Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.56372/desleituras.v12i12.189

Palavras-chave:

Literatura, Angústia, Graciliano Ramos, Crítica literária, Narrador herdeiro

Resumo

Este ensaio propõe uma leitura do romance Angústia (1936), de Graciliano Ramos, a partir da figura de um narrador protagonista cuja subjetividade em ruína reflete o colapso de uma ordem oligárquica em transição malsucedida para a modernidade. A análise articula teoria do romance (Lukács, Watt e Moretti) e crítica latino-americana (Candido e Rama) para discutir como a forma narrativa de Angústia — marcada por hesitação, repetição e fragmentação — opera como crítica imanente às contradições estruturais da sociedade brasileira. Esta interpretação propõe que, ao expor a precariedade simbólica e material da experiência do narrador, Angústia transforma o fracasso histórico em forma estética, dramatizando as promessas não cumpridas da modernização e evidenciando a função crítica da literatura em contextos de desigualdade.

Palavras-chave: Graciliano Ramos. Romance. Crítica Literária.

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Biografia do Autor

Sofia Lopes, Universidade de Brasília

Doutoranda em Literatura e Práticas Sociais (Universidade de Brasília)

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Publicado

21/08/2025

Como Citar

Lopes, S. (2025). O NARRADOR HERDEIRO E A MODERNIDADE FRUSTRADA: UMA LEITURA DE "ANGÚSTIA". Desleituras Literatura Filosofia Cinema E Outras Artes, 12(12), 164–181. https://doi.org/10.56372/desleituras.v12i12.189

Edição

Seção

SEGUNDA PARTE: FRAGMENTOS DA CRISE: NARRADORES EM RUÍNA NA TRANSIÇÃO MODERNISTA “Angústia”, de Graciliano Ramos