O REFLEXO DA ALIENAÇÃO E A BUSCA PELA TOTALIDADE DO NARRADOR HERDEIRO NA OBRA "ANGÚSTIA", DE GRACILIANO RAMOS
DOI:
https://doi.org/10.56372/desleituras.v12i12.188Palavras-chave:
Literatura, Angústia, Graciliano Ramos, Narrador herdeiroResumo
Este ensaio mergulha nas profundezas de Angústia, de Graciliano Ramos, com o intuito de desvelar a intrínseca relação entre a alienação do narrador-herdeiro e sua incessante busca pela totalidade. A lente metodológica adotada é a dialética lukacsiana, que me permite perscrutar a obra para além de sua superfície narrativa. O objetivo geral é, portanto, analisar Angústia sob a ótica de Lukács, enfocando a tipicidade e a totalidade, e o conceito de “narrador herdeiro”. O romance, em sua estética literária singular, é o corpus de análise, revelando os intrincados aspectos sociais e psicológicos que moldam a linguagem de Graciliano. No tecido denso da narrativa, as personagens centrais – Luís da Silva, Marina e Julião Tavares – emergem como exemplares da tipicidade, refletindo as contradições de uma sociedade em desintegração. A totalidade, aqui, não se manifesta como uma completude alcançada, mas como um anseio constante, um horizonte utópico que o narrador herdeiro alienado tenta desesperadamente recompor em seu fragmentado mundo interior. Em suma, esta análise busca elucidar como a obra de Graciliano Ramos, através da minuciosa construção de suas personagens e de sua tessitura romanesca, expõe a dolorosa busca pela unidade em um mundo dilacerado pela alienação, reiterando a universalidade das inquietações humanas diante da fragmentação existencial.
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