A REPRESENTAÇÃO DO NARRADOR HERDEIRO EM "MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS": CRÍTICA À ELITE E DESFAÇATEZ DE CLASSE

Autores

  • Leonardo Ribeiro Barbosa Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.56372/desleituras.v12i12.182

Palavras-chave:

Literatura, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis, Narrador Herdeiro, Crítica literária

Resumo

Este ensaio propõe uma leitura crítica do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, articulando a figura do narrador à tradição do romance como forma histórica da modernidade burguesa. Partindo das formulações de Georg Lukács sobre o romance como epopeia da sociedade burguesa, do diagnóstico de Ángel Rama sobre os impasses da forma romanesca na América Latina e da crítica de Antonio Candido à literatura do subdesenvolvimento, o ensaio analisa como a referida obra machadiana traduz os dilemas de um país periférico. Em sequência, investiga-se o narrador machadiano como herdeiro de uma elite escravocrata, destacando sua volubilidade, ironia e cinismo como expressão formal das contradições do Brasil imperial. A análise combina abordagens histórico-sociais e estético-formais, a partir das contribuições de Candido, Felipe Oliveira de Paula e Roberto Schwarz.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leonardo Ribeiro Barbosa, Universidade de Brasília

Mestrando em Literatura Universidade de Brasília (UnB).

Downloads

Publicado

21/08/2025

Como Citar

Barbosa, L. R. (2025). A REPRESENTAÇÃO DO NARRADOR HERDEIRO EM "MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS": CRÍTICA À ELITE E DESFAÇATEZ DE CLASSE. Desleituras Literatura Filosofia Cinema E Outras Artes, 12(12), 33–52. https://doi.org/10.56372/desleituras.v12i12.182

Edição

Seção

PRIMEIRA PARTE: SOMBRAS DA ARISTOCRACIA: O HERDEIRO E A DECADÊNCIA DA ELITE NO BRASIL IMPERIAL “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis